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Quiet Vacationing: Como Incentivar o Equilíbrio e Evitar o Burnout

Você sabe onde estão seus funcionários? O chamado "quiet vacationing", traduzido como "férias silenciosas" é um movimento surgido como reflexo do trabalho remoto. Poder trabalhar de onde quiser elevado a um outro nível, com particularidades de até mesmo mudar de moradia com frequência. Mas você já parou para se perguntar os impactos disso?


A gente já falou um pouco sobre os desafios do trabalho remoto pós pandemia, e como a confiança na entrega que seus colaboradores podem fazer é essencial para manter uma relação estável, saudável e duradoura entre empresa e funcionário. Novamente há o reforço de que a transparência é o primeiro passo para que essa relação não se desgaste.


Porém, considerando o outro lado da moeda, existe uma expectativa não falada (mas passível de promoção) relacionada a uma dedicação extra, de quase ou mais de 60 horas semanais para que colaboradores consigam cumprir todas as suas tarefas, respeitando prazos. Nesse caso, o posicionamento é que umas "férias silenciosas" não deveriam ser tratadas como um problema grave.


Quiet Vacationing: Como Equilibrar Trabalho e Viagens para Evitar o Burnout no Home Office

Um estudo recente divulgado pela Forbes indicou que 54% dos trabalhadores continuam trabalhando durante período de férias oficialmente solicitadas, e que quase a metade deles se sente culpado ao longo desse período, caso não trabalhe.


Embora essa combinação entre trabalho e férias inclusive já tenha nome ("workation") e certos benefícios, é também potencializador do burnout, especialmente quando há poucos dias de folga remuneradas ao longo do ano para que o colaborador realmente descanse.


Vale considerar também que, antes das férias, em geral existe uma sobrecarga de trabalho a fim de garantir que nada será esquecido durante a ausência do funcionário.


Um estudo da Movchan Agency mostra que 34% das pessoas trabalham durante as férias por amarem seus empregos, enquanto 26% o fazem devido à pressão dos superiores e 29% temem perder o emprego.


O Impacto de Não Tirar Férias


Segundo o mesmo estudo, cerca de 63% das pessoas se sentem ansiosas se não verificarem seus e-mails de trabalho enquanto estão fora. Como resultado, 70% delas já experimentaram problemas de saúde mental devido ao excesso de trabalho. Zero surpresas, certo?


Estar constantemente disponível pode parecer um caminho para o sucesso, e em alguns lugares até pode ser, mas igualmente é uma receita para o burnout e a queda na produtividade. Além dos impactos óbvios na criatividade e na tomada de decisões, como também já abordamos anteriormente.


Os Benefícios de Tirar Férias


Tirar férias reduz os níveis de estresse, melhora a saúde do coração e aumenta o bem-estar geral. Um experimento em uma pequena empresa mostrou que, ao impor o tempo de férias:


  • a criatividade aumentou em 33%;

  • os níveis de felicidade subiram 25%;

  • e a produtividade aumentou 13%.


Um artigo da Harvard Business Review destaca outros benefícios de tirar férias para a saúde física e emocional, e que por si só são motivos suficientes para você querer aplicar essa estrutura na sua empresa.


  • Aumento de emoções positivas e redução da depressão: Mesmo que você não viaje, apenas passar tempo na natureza melhora o bem-estar psicológico geral.


  • Melhora no sono: Problemas de sono aumentam com o estresse e a ansiedade relacionados ao trabalho, resultando em estados de humor negativos e prejudicando diretamente a memória e a concentração.


  • Redução dos hormônios do estresse: Tirar férias pode ajudar a reduzir os hormônios do estresse, permitindo que o sistema imunológico se recupere. Quando cronicamente altos, esses hormônios aumentam a suscetibilidade a doenças cardíacas ou câncer.


A evidência é clara: não se desconectar do trabalho durante as férias pode impactar diretamente a saúde, criatividade e produtividade. Assim como viver de férias silenciosas não resolve o problema, ainda que possa ser uma nova maneira de viver - mais leve, e capaz de não reduzir performance.


É preciso ver esse período como essencial para manter o colaborador como ser ativo, capaz de aprender e se desenvolver, tanto quanto entregar o melhor resultado para a empresa da qual faz parte. Afinal, é comprovado que são em momentos despreocupados que as melhores ideias surgem.

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