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Radar Templo: Nano Banana, Microsoft e empregos em IA

A inteligência artificial generativa continua a se expandir rapidamente. Com efeito, ela traz inovações que transformam o cenário corporativo. Nesta semana, o ecossistema de IA trouxe novidades que impactam diretamente o planejamento estratégico, a gestão de talentos e a tomada de decisões nas empresas.

Acompanhe nossa análise detalhada dos pontos-chave. Exploramos novos modelos de imagem e voz, bem como as implicações da IA no mercado de trabalho e na autenticidade digital.

Gemini 2.5 Flash Image (“Nano Banana”) do Google: A Revolução na Edição de Imagens com IA

O Google lançou o Gemini 2.5 Flash Image, um modelo de ponta para geração e edição de imagens. Ele se destaca por manter a consistência de personagens e a fidelidade dos detalhes. Antes conhecido internamente como “Nano Banana”, o modelo agora promete rivalizar com ferramentas como o Photoshop para edições simples.

Além disso, sua integração com os produtos Firefly e Express da Adobe o transformou em um modelo padrão. Por conseguinte, ele agiliza a adoção da IA para profissionais de marketing e criação. O Gemini 2.5 Flash Image, por exemplo, oferece a fusão de várias imagens em uma única visualização. Adicionalmente, ele permite edições precisas com instruções em linguagem natural. Para garantir a transparência, todas as imagens criadas ou editadas incluem uma marca d’água digital invisível (SynthID).

O Templo Pensa: A integração do Gemini 2.5 com a Adobe é um movimento estratégico. Em vez de criar uma ferramenta separada, o Google a incorporou a uma plataforma já utilizada globalmente. Por isso, a adoção e o uso da IA se tornam mais fáceis para a criação de campanhas visuais, branding e comunicação corporativa. Para líderes de tecnologia e comunicação, esta é uma oportunidade de integrar a inovação de forma prática e eficiente.

OpenAI Lança GPT-Realtime e Atualiza Codex

A OpenAI apresentou dois avanços significativos. O primeiro é o GPT-Realtime, um modelo de voz de baixa latência que processa a fala diretamente, sem conversão de texto. Ele captura nuances como risos e sotaques, tornando as interações mais naturais. O segundo, o Codex, sua ferramenta de codificação, agora roda no GPT-5 e está integrado ao GitHub.

O GPT-5 é descrito como o “modelo de codificação mais forte” já lançado pela OpenAI. Ele se destaca, por exemplo, na correção de bugs e no raciocínio sobre bases de código complexas. Como resultado, o Codex se conecta diretamente a repositórios do GitHub. Ele age, assim, como um “verdadeiro colaborador de código” capaz de lidar com tarefas complexas de ponta a ponta.

O Templo Pensa: O GPT-Realtime representa um avanço em áreas como atendimento ao cliente e suporte técnico, onde a fluidez da comunicação é crucial. Da mesma forma, a atualização do Codex reforça a tendência da IA como ferramenta de produtividade para desenvolvedores. Isso significa maior agilidade na entrega de software e a possibilidade de focar em tarefas de maior complexidade e valor estratégico.

Perplexity Lança Modelo de Compensação para Editores

Em meio a tensões legais e a uma crise no setor de mídia, a Perplexity lançou o Comet Plus. Este é um serviço de assinatura que repassa 80% da receita para os editores participantes. A compensação é baseada no tráfego, nas citações em pesquisas e nas ações de agentes de IA. Seu objetivo, em outras palavras, é recompensar os criadores de conteúdo na era da IA e incentivar a produção de material original.

A iniciativa da Perplexity visa ser uma solução para o dilema de como monetizar o conteúdo em um mundo onde a IA o consome em larga escala. A empresa, então, se torna uma das primeiras a propor um modelo de pagamento direto. Assim, garante que os criadores sejam justamente recompensados e incentiva a criação de conteúdo de alta qualidade.

O Templo Pensa: A iniciativa da Perplexity é um marco na discussão sobre direitos autorais e remuneração. Para executivos de mídia e marketing, este modelo de compensação pode se tornar um padrão na indústria. Consequentemente, ele garante a sustentabilidade de ecossistemas de informação em um futuro dominado pela IA.

Microsoft Desenvolve Modelos de IA Internos para Maior Independência

A Microsoft revelou dois novos modelos de IA internos. O primeiro é o MAI-Voice-1, um modelo de geração de fala natural e expressiva. O segundo é o MAI-1-Preview, um grande modelo de linguagem para inferência em uma única GPU. Essa iniciativa estratégica, portanto, visa aumentar as capacidades de IA da Microsoft e reduzir sua dependência de tecnologias de terceiros, como as da OpenAI.

O MAI-Voice-1, por exemplo, já alimenta recursos como o Copilot Daily, que narra notícias. Já o MAI-1-Preview, uma prévia de futuras ofertas dentro do assistente Copilot, representa uma mudança de posição da Microsoft. Em outras palavras, a empresa passa de parceira de infraestrutura para desenvolvedora de modelos proprietários.

O Templo Pensa: A decisão da Microsoft de construir seus próprios modelos de IA é um movimento estratégico crucial. Ela ilustra a importância de controlar a tecnologia central de seu negócio. Ao desenvolver modelos internos, a empresa garante maior autonomia, personalização e segurança de dados, elementos vitais para a competitividade a longo prazo.

IA no Mercado de Trabalho: O Impacto em Empregos de Nível Inicial

Pesquisadores de Stanford analisaram milhões de registros de folha de pagamento e revelaram que a IA está afetando negativamente os empregos para programadores juniores. Por outro lado, a Engenharia de IA se tornou o segmento mais procurado em tecnologia, com os salários de talentos com conhecimento em IA aumentando 12% ano a ano.

A lógica é que trabalhadores de nível júnior frequentemente realizam tarefas rotineiras, como escrever código e resumir relatórios, que a IA generativa já executa de forma rápida e barata. Em contraste, trabalhadores mais experientes, que lidam com decisões estratégicas, não viram a mesma queda.

O Templo Pensa: Esta notícia é um alerta para líderes de RH e talentos. O mercado de trabalho não está desaparecendo, está se transformando. A automação de tarefas de codificação de nível inicial exige uma reavaliação dos programas de contratação e capacitação. O foco deve mudar para “desenvolver competências para o futuro”, investindo em upskilling para a força de trabalho e convertendo programadores juniores em especialistas em engenharia de IA.

Acompanhe o Radar Templo e antecipe as próximas viradas da IA

O cenário atual exige visão crítica: nem todo avanço significa oportunidade imediata, e nem todo alerta indica retração. Portanto, empresas que prosperarão serão aquelas capazes de avaliar casos de uso com rigor, diversificar investimentos e alinhar inovação com sustentabilidade.

Para aprofundar essas discussões e preparar sua equipe para integrar IA com propósito, participe dos grupos de estudo do Templo. Assim, exploramos casos reais, tendências e práticas para transformar a IA em vantagem competitiva.

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