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por | ago 27, 2020 | Futuros do Trabalho

Futuros do Trabalho: marcas esclarecidas tomam partido

As expectativas dos consumidores em relação às marcas vêm mudando ao longo deste ano. Segundo o relatório publicado pela RepTrack, agora, a reputação de uma marca está mais relacionada ao seu posicionamento frente às questões éticas do que ao produto que vendem.

O estudo levou em consideração os seguintes critérios:

  • Marcas corporativas
  • Presença global
  • Receita anual acima de U$ 2 bilhões
  • Familiaridade acima de 20% em 15 países

Resultados principais:

1. A reputação da corporação é mais importante do que nunca. Em 2020, uma reputação excelente influência na decisão de compra em 78% dos consumidores globais.

2. Enquanto a reputação se torna um fator importante, cresce o número de empresas que ficam “em cima do muro” em relação às questões sociais. Mas 54% dos consumidores está menos inclinado a comprar delas.

3. Corporações responsáveis também ganham em competitividade. Fatores como governança, ambiente de trabalho e cidadania são definidores da reputação de uma empresa. A maioria das empresas que trabalhou para melhorar esses fatores apostou no impacto social, na ética empresarial e no modo como tratam seus colaboradores.

4. Consumidores globais pedem autenticidade: comunicar seu negócio e propósito de maneira autêntica traz visão positiva da sua organização.

5. Estratégia de mercado local: as marcas que ficaram no topo da pesquisa criaram estratégias específicas para diferentes economias ao redor do globo.

6. A reputação das organizações é melhor naquelas em que o CEO se posiciona frente às questões sociais.

Ética, transparência e futuro do trabalho

Felizmente, já vemos grande pressão do público para que empresas se engajem em questões sociais e ecológicas.

Hoje, acompanhamos o crescimento de muitas marcas sustentáveis e a reinvenção de empresas centenárias que precisaram se adequar às novas demandas do mercado frente às questões sociais e climáticas.

Estamos vivendo uma revolução da transparência e isso está balançando muitas empresas que já se consideraram intocáveis. Esse movimento muda o sentido do que é uma marca porque as expectativas de consumo vêm sendo redefinidas. Os consumidores querem ter mais conhecimento sobre a cultura das empresas que eles financiam: processos, valores e seus colaboradores.

Mudar a cultura e o modus operandi de organizações de milhares de pessoas é um desafio que demanda mais do que eventos e comunicação interna. Estamos falando de mudanças sistemáticas de comportamentos individuais.

Estes, dependem de mudanças profundas no design organizacional e nas respectivas cadeias de incentivo. Para tirar gigantes da inércia será preciso combinar ferramentas e processos do design estratégico com ferramentas de modelagem da economia comportamental.

Essas configurações sociais e corporativas intensificadas em 2020, nos levou a uma série de aprendizados. Certamente, a urgência de encarar as novas tendências como prioritárias no ecossistema corporativo é um deles.

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