Há pouco menos de um mês, a Cousera liberou o relatório global de tendências de habilidades de 2024, focando especialmente nos movimentos da América Latina e Caribe. Hoje, estamos aqui para desvendar suas nuances e compreender a posição que o Brasil cada vez mais assume frente à IAGen.
Afinal, não estamos falando apenas sobre insights relevantes para líderes e instituições como a sua, mas de fato entender que cenário das habilidades do futuro estão assumindo. E é impossível falar disso sem falar do maior divisor de águas da década: a inteligência artificial generativa.
A chegada da IAGen reinventa o mercado, exigindo respostas estratégicas e ágeis para construir uma força de trabalho resiliente. Com a automação impactando 66% dos empregos e a AIGen projetando um aumento de US$ 4,4 trilhões na produtividade global, a colaboração entre empresas, governos e instituições de ensino passa a ser imprescindível para equipar as pessoas com as habilidades necessárias.
Essa tendência, impulsionada por um aumento de 1.060% nas matrículas globais de AIGen e 882% na LATAM, demonstra a proatividade das pessoas em se preparar para o futuro do trabalho.
Metodologia de Classificação
Para ir além das classificações simples, o relatório apresenta uma metodologia de classificação de habilidades aprimorada, combinando dados de proficiência com indicadores econômicos chave como inovação global, participação na força de trabalho, capital humano e PIB per capita. Essa abordagem holística oferece uma visão mais precisa da prontidão para IAGen de cada país.
LATAM em Foco: Desempenho e Oportunidades
Numa perspectiva bastante promissora, o Chile lidera em proficiência geral em habilidades, ostentando expertise em tecnologia e ciência de dados. O Brasil, por sua vez, se vê como o país que mais procura desenvolvimento em skills relacionadas à mercado de trabalho, tecnologia e data science.
Um estudo da OCDE em 2023 corrobora a necessidade de profissionalização das pessoas, enfatizando a inovação e o desenvolvimento de habilidades como ferramentas para melhorar a qualidade do trabalho e combater o desemprego juvenil. E já existem iniciativas que se predispõem a ocupar essas lacunas de conhecimentos e habilidades, como o Consórcio para Colaboração de Ensino Superior da América do Norte (CONAHEC).
O que nos leva ao fato óbvio de que, ao investir em oportunidades de aprendizado acessíveis e relevantes para o mercado de trabalho, a América Latina pode solidificar sua posição na vanguarda da IAGen e preparar sua força de trabalho para as demandas da economia digital.
Brasil em pauta
Segundo o mesmo relatório, o Brasil é o primeiro dentre os 20 melhores países em termo de proficiência geral em habilidades, especialmente quando afunilamos para tópicos como tecnologia e ciência de dados, indicando uma força de trabalho interessada e mais preparada para a transformação digital do momento.
Entretanto, o outro lado da moeda é que mesmo em um cenário tão positivo, quase 70% dos empregadores relatam dificuldades de contratação justamente devido à lacuna de habilidades. Isso apenas reforça a importância da capacitação de times, especialmente para jovens que ainda estão se colocando no mercado e construindo carreira.
O que são habilidades essenciais?
Segundo o relatório, outras habilidades faltantes são aquelas que se encontram menos aparentes. Estamos falando de liderança, adaptabilidade, colaboração, design gráfico, negociação, análise de pessoas e linguagens de programação. Acredita-se que sem habilidades como essas, não é possível tirar o máximo proveito da IAGen.
Já sabemos que o caminho para o futuro digital é desafiador, ao mesmo tempo que nos traz oportunidades incríveis. É preciso pensar em uma educação acessível e relevante, visando a entrega de melhores trabalhos e maior criatividade para lidar com tecnologias emergentes, criando um ecossistema propenso à potencializar talentos e inovação. O resultado? Bem, esse você já sabe: competitividade dentro de um mercado cada vez mais concorrido.