A corrida das plataformas de IA generativa ganhou novos contornos nas últimas semanas. A Anthropic assumiu a dianteira no mercado corporativo, superando a OpenAI em participação. Ao mesmo tempo, pesquisas mostram que desenvolvedores adotam massivamente ferramentas de IA, mas com queda na confiança.
No cenário de transformação do trabalho do conhecimento, dados da Microsoft revelam que tarefas de pesquisa e redação estão altamente expostas à automação. Entre as novidades de produto, o Google evolui o NotebookLM para criar vídeos explicativos a partir de anotações, e a OpenAI lança o Study Mode no ChatGPT, tornando a aprendizagem mais interativa.
GPT-5 da OpenAI estreia com foco corporativo e salto técnico
O GPT-5 foi lançado pela OpenAI em 7 de agosto de 2025 e já está disponível para todos os usuários do ChatGPT, inclusive na versão gratuita. Com isso, a empresa reforça sua liderança na corrida da IA generativa corporativa. O modelo apresenta arquitetura modular com roteamento inteligente, alternando entre respostas rápidas e raciocínio profundo conforme a complexidade da tarefa.
Além disso, o GPT-5 traz janela de contexto de 256 mil tokens, o que permite processar grandes volumes de informação sem fragmentação. Consequentemente, empresas podem analisar documentos extensos ou códigos completos de uma só vez. Por outro lado, a redução significativa das alucinações aumenta a confiabilidade das respostas.
O modelo também amplia a capacidade multimodal, entendendo texto e imagens com mais precisão. Por exemplo, ele pode interpretar relatórios corporativos e gráficos técnicos, respondendo com detalhes e contexto. Da mesma forma, a integração nativa com Google Workspace e o suporte a agentes personalizados permitem automatizar processos e conectar-se a dados internos com segurança.
Assim, o GPT-5 oferece velocidade, precisão e flexibilidade para transformar fluxos de trabalho. Em resumo, trata-se de um avanço que amplia as possibilidades de uso estratégico da IA nos negócios.
Virada no mercado corporativo de IA
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Anthropic lidera o mercado corporativo com 32% de participação.
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Claude domina ferramentas de codificação, com 42% do segmento.
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Mercado de IA corporativa mais competitivo, com Google e Meta ganhando espaço.
Segundo a Menlo Ventures, a Anthropic se tornou líder em modelos de linguagem para empresas, superando a OpenAI em 2025. O sucesso do Claude em casos de codificação foi determinante: hoje ele detém 42% do uso em programação, contra 21% da OpenAI.
A mudança indica que o mercado está mais aberto a alternativas e que empresas priorizam desempenho, segurança e adequação às suas necessidades. Google e Meta também ampliam sua presença, criando um ambiente competitivo que pode acelerar inovação e equilibrar custos.
A disputa mostra que não há monopólio estabelecido na IA generativa. Empresas devem avaliar modelos considerando performance, custo e privacidade, evitando dependência de um único fornecedor. A diversidade de opções favorece soluções mais ajustadas a cada contexto e acelera ganhos tecnológicos.
Desenvolvedores usam IA, mas mantêm cautela
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80% dos desenvolvedores usam IA no dia a dia.
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Confiança na exatidão cai para 29%.
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66% gastam mais tempo corrigindo código da IA do que criando do zero.
Apesar da alta adesão a ferramentas como GitHub Copilot e ChatGPT, a confiança caiu: apenas 29% acreditam plenamente na precisão do código sugerido. Muitos relatam perder tempo corrigindo erros sutis, o que pode anular parte dos ganhos de produtividade.
Em tarefas críticas, 75% dos devs ainda preferem pedir ajuda a um colega humano.
Ferramentas de IA são aceleradores, mas ainda exigem supervisão humana rigorosa. O ideal é incorporá-las em fluxos que prevejam validação e testes, além de treinar equipes para conhecer limites e melhores práticas no uso da IA no desenvolvimento de software.
O impacto da IA no trabalho do conhecimento
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Tarefas de linguagem e informação estão entre as mais expostas à automação.
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Tradutores, redatores e analistas têm alta sobreposição com IA generativa.
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40% das interações já combinam trabalho humano e IA.
Estudo da Microsoft analisou 200 mil interações com o Bing Copilot e confirmou que a IA atua com eficácia em pesquisa, síntese de conteúdo, redação e atendimento. Funções baseadas em informação serão as primeiras a sentir o impacto, embora a substituição total seja rara no curto prazo.
A mudança não significa eliminação de cargos, mas transformação de funções. Empresas devem mapear atividades automatizáveis e investir em requalificação, direcionando profissionais para tarefas de maior valor agregado.
NotebookLM transforma anotações em vídeos explicativos
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Nova função do Google cria vídeos narrados automaticamente.
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Integra slides, voz sintetizada e elementos visuais.
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Usuário define foco, profundidade e tom.
O Google adicionou ao NotebookLM o recurso Video Overviews, que transforma textos e notas em apresentações audiovisuais. Ideal para treinar equipes ou explicar conteúdos complexos, a ferramenta ainda está disponível apenas em inglês.
Empresas poderão converter relatórios, atas ou políticas internas em vídeos de treinamento, economizando tempo de produção. Ainda será necessária revisão humana para garantir precisão e alinhamento da mensagem.
Templo reúne líderes de RH para transformar organizações com IA
Na 10ª edição do Grupo de Estudos IA + RH, o Templo realizou seu primeiro encontro presencial no Arca Hub, reunindo executivos e lideranças de Recursos Humanos. Durante o evento, discutiu-se como a inteligência artificial pode impactar a estratégia, a cultura e os modelos de trabalho das organizações.
O encontro tratou a IA como vetor de transformação organizacional em três níveis: individual, de times e estrutural. Além disso, foram apresentados flashtalks de Herman Bessler (CEO do Templo), Guilherme Velho (gerente de projetos) e Tamar Moscavitch (pedagoga). Paralelamente, houve demonstrações de duas soluções proprietárias:
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Bot PDI – automatiza a criação de planos de desenvolvimento individual.
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ClassPlay – sistema de aprendizagem contínua com IA, capaz de escalar capacitações usando múltiplos agents, LLMs e jornadas personalizadas.
Durante as discussões, destacou-se que, quando aplicada com intencionalidade e curadoria da liderança, a IA pode ampliar capacidades humanas, padronizar boas práticas e abrir novas oportunidades de crescimento. Por outro lado, foi ressaltado que a adoção dessa tecnologia exige mais do que treinamentos.
A implementação de IA não acontece por decreto, mas sim por movimento. Portanto, para integrá-la de forma significativa no dia a dia, é necessário adotar método, promover experimentação, criar redes de engajamento e definir métricas adequadas. Dessa forma, a jornada deve seguir etapas claras: Kickoff (mapeamento e formação de multiplicadores), Lean Test (testes rápidos com capacitação) e Rollout (escalonamento com governança e comunicação).
Assim, ao reunir presencialmente lideranças de RH, o Templo reforça que o setor é essencial para construir organizações mais híbridas, éticas e humanas, nas quais pessoas e IAs colaboram para gerar impacto real.
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