Nesta edição do Radar Templo, reunimos os principais movimentos da semana no universo da inteligência artificial nas empresas. O Google provoca reações ao derrubar o tráfego de sites com seu novo “Modo de IA”. Enquanto isso, a OpenAI prepara uma virada na arquitetura de seus modelos com o GPT-5. Por sua vez, a Microsoft transforma a experiência de navegação com o Copilot integrado ao navegador. E no setor financeiro, o JPMorgan comprova os ganhos reais com IA aplicada à operação. A seguir, explicamos cada um desses destaques e o que eles significam para quem lidera transformação digital hoje.
IA do Google reduz tráfego de sites e acende alerta no marketing digital
As novas respostas com IA nos resultados de busca do Google estão alterando o comportamento dos usuários. De acordo com estudos recentes, essas respostas inteligentes já reduziram o tráfego para sites em até 70% em algumas buscas. Além disso, cerca de 60% das pesquisas terminam sem cliques, pois os usuários obtêm a informação diretamente na página de resultados.
Dessa forma, o novo “Modo de IA” pode causar forte impacto em empresas que dependem de visitas online. Criadores de conteúdo e veículos de mídia, por exemplo, já relatam queda significativa em impressões e conversões. Como consequência, profissionais de SEO e marketing precisam repensar estratégias urgentemente.
A hegemonia do Google sempre moldou as regras do jogo no marketing digital. No entanto, a incorporação da IA muda o paradigma. Por isso, marcas precisarão investir em conteúdo realmente aprofundado, que vá além do óbvio. Além disso, será essencial diversificar canais de aquisição e explorar novas formas de presença digital, como newsletters, redes sociais e plataformas próprias. Ao mesmo tempo, líderes devem adaptar suas práticas de SEO para priorizar autoridade e relevância em vez de apenas otimizar para cliques.
OpenAI prepara o lançamento de um GPT-5 modular
A OpenAI está prestes a lançar um sistema inédito no ChatGPT: um roteador dinâmico que seleciona automaticamente o modelo de IA mais adequado para cada tipo de tarefa. Em vez de usar um modelo único e generalista, o sistema alternará entre módulos especializados — por exemplo, em raciocínio, criatividade ou uso de ferramentas.
Isso indica que o GPT-5 será modular, adaptativo e mais consciente do contexto, marcando o fim do modelo monolítico.
A decisão da OpenAI mostra que até os líderes em IA estão revendo suas apostas tecnológicas. Em vez de concentrar tudo em um único modelo, ganha força uma arquitetura distribuída e orientada à tarefa. Como resultado, as aplicações de inteligência artificial nas empresas tendem a se tornar mais eficientes, escaláveis e personalizáveis. Portanto, organizações que buscam adotar IA devem considerar soluções flexíveis e integráveis ao seu ecossistema.
Microsoft Copilot agora integrado à navegação web em tempo real
A Microsoft também deu um passo relevante ao integrar o Modo Copilot diretamente ao navegador Edge. Com a nova versão, o Copilot organiza abas por tema, responde em tempo real e executa comandos por voz, tudo sem sair da interface de navegação.
Além disso, a empresa anunciou que em breve a IA poderá acessar dados como histórico de navegação e credenciais para automatizar tarefas como reservas online ou agendamentos.
Ao colocar a IA no centro da navegação web, a Microsoft antecipa um futuro em que navegar será uma experiência cooperativa com assistentes inteligentes. Por um lado, profissionais poderão executar pesquisas, análises e tarefas com muito mais agilidade. Por outro, empresas precisam repensar como seus conteúdos e plataformas são interpretados por essas IAs. Assim, adaptar sites, dados e estruturas para serem “legíveis” por agentes automatizados será cada vez mais essencial.
JPMorgan lidera o uso estratégico de IA no setor financeiro
Enquanto as big techs inovam em interface, o setor financeiro começa a colher os frutos da IA. O JPMorgan Chase anunciou que suas ferramentas internas de inteligência artificial aceleraram o atendimento ao cliente e impulsionaram as vendas.
Com a plataforma “Coach AI”, o banco conseguiu reduzir em até 95% o tempo necessário para localizar dados e relatórios. Além disso, modelos generativos ajudaram assessores a responder de forma personalizada durante momentos de alta demanda. O resultado foi um aumento de 20% nas vendas de produtos financeiros entre 2023 e 2024.
O caso do JPMorgan demonstra que a inteligência artificial nas empresas já deixou de ser promessa e se tornou diferencial competitivo. Em vez de substituir pessoas, a IA atua como amplificadora de eficiência e precisão. Por esse motivo, organizações de todos os setores devem olhar para a IA como aliada estratégica desde que com metas claras, boas integrações e investimento em capacitação das equipes.
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