A Inteligência Artificial (IA) continua avançando de forma exponencial. Nesta edição do Radar Templo, destacamos quatro movimentos decisivos que moldam o presente e o futuro da tecnologia. Ao acompanhar esses marcos, fica evidente que empresas que tratam a IA como pilar estratégico estão mais preparadas para inovar com ética, responsabilidade e resultados reais.
OpenAI lança o3‑pro com ferramentas autônomas e redução de custos
A OpenAI lançou o o3-pro, seu novo modelo com raciocínio multietapas e uso autônomo de ferramentas externas. Além disso, a redução de 80% no preço em relação à versão anterior torna o modelo mais acessível para empresas que desejam integrar IA em seus fluxos operacionais via API ou ChatGPT.
Mais do que um upgrade técnico, o o3-pro marca uma virada estratégica. O modelo foi treinado para agir com base em decisões contextuais, utilizando recursos como busca na web, leitura de arquivos e execução de código — tudo isso com maior precisão e aderência às instruções.
O que isso significa para sua empresa: será necessário reavaliar a governança de IA, a segurança dos dados acessados por agentes digitais e o retorno sobre investimento dessas novas automações.
Segundo o Templo: O o3‑pro representa a transição de uma IA passiva para uma arquitetura baseada em agentes autônomos. Com isso, emerge um novo tipo de cognição computacional, mais estratégica e menos reativa. Em outras palavras, o modelo não só responde: ele decide, combina contextos e entrega soluções de forma ativa.
GAIA: IA generativa em português quer impulsionar a soberania tecnológica
Enquanto a OpenAI mira escala global, o Brasil também deu um passo importante. Foi lançado o GAIA, primeiro modelo de IA generativa totalmente treinado em português e com código aberto. Desenvolvido por instituições como a CEIA/UFG, ABRIA e startups nacionais, o modelo nasceu com o apoio do Google DeepMind.
Diferente de modelos globais que apenas traduzem conteúdos, o GAIA compreende a semântica e a cultura brasileiras com mais precisão. Por isso, já está sendo testado em casos reais, como detecção de fraudes e automação de atendimento.
Vantagens para empresas locais: personalização com dados próprios, economia em soluções externas e maior controle sobre a acurácia dos resultados.
Segundo o Templo: O GAIA representa um marco na construção de um ecossistema de IA mais soberano. No entanto, por ter apenas 4 bilhões de parâmetros, sua capacidade ainda está aquém dos modelos de ponta. Para ter impacto duradouro, será essencial investir em curadoria de dados, validação contínua e infraestrutura robusta.
Meta investe US$ 14 bi na Scale AI e recruta seu CEO
Em um movimento ousado, a Meta investiu US$ 14,3 bilhões na Scale AI, garantindo 49% da empresa e trazendo o CEO Alexandr Wang para seu time de IA. A Scale é referência global em dados de treinamento — elemento essencial para modelos de alta performance.
Essa aliança reforça a corrida pelas tecnologias de próxima geração. Ao integrar algoritmos próprios (como os da família LLaMA) com dados de qualidade e liderança especializada, a Meta tenta recuperar terreno frente a players como OpenAI e Google.
Para outras empresas, fica o alerta: dados e talentos são os ativos mais valiosos da nova era digital. Não basta ter modelo — é preciso alimentar, ajustar e liderar.
Segundo o Templo: A estratégia de Mark Zuckerberg aponta para a IA como substituta de agências e operadoras de mídia, automatizando desde a segmentação até a criação de campanhas. No entanto, modelos como os da DeepSeek seguem mais promissores tecnicamente, o que reforça a importância da consistência entre ambição e execução.
A guerra global por talentos em IA e seus impactos nas empresas
Por fim, mas não menos importante, a escassez global de especialistas em IA está criando um novo tipo de “mercado de luxo” profissional. Segundo a Reuters, há pesquisadores recebendo mais de US$ 10 milhões por ano, incluindo salários e bônus em ações. Em alguns casos, ofertas chegam a ultrapassar US$ 20 milhões.
Esse cenário revela um problema estrutural: há poucas centenas de profissionais no mundo capazes de liderar avanços em IA generativa. Como resultado, big techs disputam esses talentos em uma verdadeira guerra de ofertas.
Impacto direto nas empresas: além da inflação salarial, há dificuldades reais para formar times consistentes, o que compromete projetos e inovações locais.
Segundo o Templo: No Brasil, a carência é ainda mais grave — são mais de 500 mil vagas de TI em aberto. A solução não está apenas em oferecer salários mais altos, mas em fomentar reskilling, capacitação interna, políticas de retenção e uma cultura que valorize o conhecimento aplicado à inovação.
Como sua empresa pode acelerar essa jornada?
Se sua empresa busca ir além das manchetes e se preparar de forma consistente, participe dos grupos Templo + RH e Templo + Marketing. Eles são voltados para líderes que querem construir, juntos, novos referenciais para o uso estratégico da IA.
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